GERAÇÃO DE UTILIDADES POR biomassa
A biomassa corresponde ao conjunto de resíduos de origem animal ou vegetal utilizado na produção de energia sendo uma fonte renovável e barata de geração de energia térmica e elétrica, por isso é considerada uma alternativa viável para substituir os derivados de combustíveis fósseis, e tem se tornado cada vez mais presente na Matriz Energética do Brasil. Ela é derivada do bagaço de cana e madeira principalmente.
A queima de biomassa provoca a liberação de dióxido de carbono na atmosfera, porém, como este composto havia sido previamente absorvido pelas plantas que deram origem a biomassa, agora empregada como combustível, o balanço de emissões de CO2 é nulo (Ciclo do Carbono).
No caso do Brasil sendo uma potência agrícola tem-se em paralelo uma grande produção de biomassa, cujo, o seu não aproveitamento geraria um grande desperdício energético aliando-se a sérios transtornos ambientais no tocante a sua destinação. Nesse cenário a adoção de plantas de Cogeração por meio de biomassa passa a assumir um papel de destaque no cenário nacional.
A cogeração de energia é uma central termoelétrica, consistindo na produção simultânea de duas formas de energia (térmica e elétrica). Na componente térmica (calor útil) nas opções de: vapor de processo (saturado ou superaquecido), água quente e água gelada, e na componente elétrica (auto consumo e exportação de excedente), ambas as formas produzidas de forma segura, eficiente e sobre tudo sustentável, queimando um único combustível, que no caso seria biomassa. Com a planta de cogeração o aproveitamento útil da energia contida no combustível ultrapassa os 80%.
Um levantamento da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), aponta que a matriz energética brasileira utiliza 43,5% de biomassa, enquanto a média mundial é de apenas 14%. Ainda segundo a empresa, o sistema de cogeração, a partir da biomassa, é responsável por 8,2% da energia elétrica consumida no Brasil. Em escala mundial, a média é de 2,3%.
